DICAS PARA O FIM DE SEMANA DE 14 E 15/5

A má notícia para os cariocas neste fim de semana é que não vai dar praia. Segundo a meteorologia, duas frentes frias devem deixar a cidade com aquele tempinho chato, nublado e, no mínimo, com uma chuvinha leve de quando em quando. A boa é que o tempo é ideal para outros prazeres, como um filminho em casa, com a companhia adequada, ou sair para explorar as novidades que estão abrindo no Rio e que você tem acompanhado aqui em Rio Já.

Começando com uma curiosidade para os preguiçosos de plantão. Essa semana, um levantamento realizado pela Fundação João Goulart, vinculada à Prefeitura do Rio, aponta que o preço médio do frango assado com farofa e batata (um quebra-galho muito apreciado pelos cariocas), está saindo em média por R$ 39,44, considerando 159 bairros pesquisados na capital. Vale ressaltar que o frango mais barato foi encontrado em Brás de Pina, na Zona Norte, custando R$ 15. Já o mais caro está presente na Taquara, na Zona Oeste, e sai a R$ 77. Lá, o prato é vendido diariamente pelo Point dos Frangos (Av. dos Mananciais, 887 – Taquara. Tel: (21) 3596-9490), num combo que acompanha, além da tradicional farofa, arroz, feijão, batata e molho à campanha.

Comandando há seis anos um negócio do tipo na Pavuna, a empreendedora Ana Maria Oliveira, de 61 anos, e a filha, a psicóloga Priscila Rêgo, de 29, viram as vendas mudarem nos últimos anos, e precisou se adaptar. Diferente de muitos setores, que sofreram durante a pandemia, a média de vendas da família subiu expressivamente em 2020, passando de 160 para 250 frangos vendidos a cada fim de semana. Os bons ventos, no entanto, passaram logo, e desde o ano passado, a média tem sido cada vez menor: agora, são apenas 90 pratos nos sábados e domingos. “O público é fiel, mas quem comprava 2 ou 3 frangos por semana, agora só compra um. Tive que dispensar quatro funcionários e entregar a loja que alugava”, conta Ana.

O frango leva mais de duas horas assando nas duas “frangueiras” a gás instaladas na varanda de Ana. A farofa que acompanha o pedido é feita com cebola, alho e a gordura que o frango solta durante o cozimento, que também tempera as batatinhas. O tempero, guardado à sete chaves, foi até patenteado: “São 22 ervas desidratadas e sal marinho, apenas. Mas é segredo! Uma fazenda de Paty do Alferes me entrega os frangos da semana já temperados com a minha receita. É mais prático e higiênico”, diz ela.

Outra opção bacana vai levar você de volta ao fim do filme dos Vingadores quando o Homem de Ferro convida os heróis para comerem um Shawarma especial. Conhecido também como Kebab, ou Doner Kebab, o autêntico sanduíche da cozinha árabe adorado em toda a Europa e Leste Europeu agora pode ser saboreado no Kebab Shop, que depois do sucesso da primeira casa no Terminal Menezes Cortes, chegou agora à Tijuca no Tijuca Off Shopping. O restaurante tem a proposta de um ambiente moderno, bem decorado, descolado e com atendimento diferenciado e rápido. O Kebab Shop chama a atenção com seus enormes equipamentos, feitos sob medida para o espaço, cheios de carne girando. A forma de preparo começa com as carnes marinadas em temperos especiais por 24 horas, que seguem para serem finalizadas em cozimento lento, rodando em espetos giratórios. Montado no pão árabe ou na opção de pão folha, o sanduíche leva alface, tomate, picles, salada de salsa e hortelã, cebola roxa e molho à escolha, que pode ser tahine, alho, apimentado ou hortelã. Homus ou queijo podem ser adicionados à parte.

Mas se a proposta for algo mais dispendioso, a dica é a volta do Bazzar, que mudou de endereço e ganhou sobrenome. O agora Bazzar à Vins, está a uns 100 metros de distância do endereço antigo: saiu do número 538 da Barão da Torre e foi para o 118 da Garcia d’Ávila. São vários ambientes. Além do salão principal, no térreo, e do espaço que mostra a cozinha, no segundo andar, há ainda mais três recintos, os mais arejados: uma espécie de jardim de inverno, com jiboias e árvores frutíferas, e mais duas varandas. A decoração é bem carioca e praiana, com guardanapos floridos, sofás de couro e mesas e cadeiras reaproveitadas do antigo Bazaar, mas com novas roupagens.

Um dos destaques das entradas é a cruda, um clássico que muitos chamam de steak tartare do Piemonte. A carne precisa ser delicada como uma vitela e é cortada em cubos maiores, mais ou menos do tamanho de um dado. Na versão original o tempero é simplesmente azeite, sal e mais nada. Aqui, entraram alcaparras desidratadas e um creme de anchovas que escoltaram muito bem o prato. O cardápio tem ainda delícias como um purê de feijão verde com o excelente queijo Piá Pé do Morro, da Serra do Japi, em São Paulo, com ovo pochê. Além de um lombo de namorado defumado na própria casa e que pode vir com coalhada e picles de frutas da estação com brotinhos de coentro _ que vão conquistar até quem não gosta do tempero! Outro destaque, como indica o novo sobrenome é a carta de vinhos. A seleção dos rótulos foi feita pela sócia, Cristiana Beltrão, junto a seu sommelier, o argentino Ivo Arias, dos melhores profissionais do ramo. Foram provadas quase mil garrafas, para montar uma das melhores cartas do Rio.

O Bazzar à Vins pretende apresentar um cardápio novo a cada estação. E em breve vai inaugurar um “raw bar”, com mesas na calçada e menu de ostras, além de vários pescados servidos em forma de tartares, carpaccios e outras preparações, como aquelas torres de vários andares com mariscos, crustáceos e peixes. Ao que parece, pela quantidade de casas especializadas em frutos do mar que estão abrindo recentemente, a gastronomia carioca está literalmente mergulhando atrás de novas cores e sabores.