Marcelo Macedo Soares
‘Este não ano vai ser, igual aquele que passou…”. A frase que eternizou a famosa marchinha ‘Até Quarta Feira’, de Paulo Sette e Umberto Silva, se encaixa perfeitamente para definir como serão os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial em 2025. Pela primeira vez, a maratona estará dividida em três dias, invés dos dois que vigoraram nos últimos 40 anos. Além de domingo e segunda, as agremiações também passarão pelo Sambódromo na terça-feira.
Com a nova configuração, quatro escolas vão se apresentar em cada dia. Outra mudança é que as notas dos jurados – que passarão a contar com mais um módulo – serão fechadas ao final de cada dia de apresentações. O Desfile das Campeãs está mantido no sábado, dia 8 de março, com seis escolas.
A configuração das cabines dos jurados foi redesenhada. O módulo 1 permanecerá no setor 3, o módulo 2 no setor 6 e o módulo 4 no setor 10. Agora, o módulo 3, que ficará localizado no setor 9, permitirá avaliação ainda mais detalhada das apresentações.
Embora a localização física da concentração não tenha sido alterada, o espaço será otimizado devido à diminuição no número de escolas que desfilam por dia. Com apenas quatro escolas por noite, ao invés de seis, todas começarão dentro da área de concentração, duas de cada lado, evitando aglomerações e facilitando o fluxo.
Outra novidade é a criação de mais camarins para casais de mestre-sala e porta-bandeira, baianas e velha guarda, além da instalação de tendas cobertas. Esses toldos garantirão mais conforto para os integrantes, protegendo-os do sol e da chuva.
Mais tempo de esquenta
Uma das demandas antigas dos sambistas foi finalmente atendida: cada escola terá agora 80 minutos para desfilar, em vez de 75 minutos. Além disso, há a inclusão de 10 minutos extras para o aquecimento das baterias antes do início oficial do desfile. Essa alteração busca proporcionar mais tempo para ajustes e garantir que as apresentações comecem de forma harmoniosa.
Comitê de concentração
Segundo Gabriel David, presidente da Liesa, a criação de um comitê específico para organizar a concentração foi essencial para implementar essas melhorias. “Criamos um comitê de concentração na Liesa quando houve a decisão pelos três dias. Dentro de vários pontos fortes para a alteração, já se ressaltava a organização da concentração, não apenas física, mas também em questão de segurança. Assim, vamos conseguir que a escola de samba inteira fique dentro da concentração desde o início, além de poder instalar mais camarins para os artistas”.
