LAN LANH CRIA TRILHA SONORA INÉDITA PARA‘CINE CONCERTO ANIMADO’

Uma seleção de nove curtas-metragens e filmes de animação brasileiros, franceses e alemães são o pano de fundo para o ‘Cine Concerto Animado’ estrelado pela percussionista Lan Lanh a convite do Consulado da França e do Goethe Institut. Para acompanhá-la, a baiana convidou um conterrâneo, o guitarrista Armandinho Macedo. O show traz uma trilha sonora recriada especialmente para a ocasião pelos dois músicos. As exibições terão acompanhamento musical ao vivo em três shows no Rio de Janeiro, com estreia no  dia 15 de outubro, às 19h, no Estação NET Botafogo, como parte da  programação do Festival do Rio. Na semana seguinte, o projeto segue para o Cine Arte UFF, em 20 de outubro, e para a Arena Cultural Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, no dia 22 de outubro.

O roteiro proposto vai passear pelos filmes sem interrupção, fazendo uma costura entre as histórias. Para a baiana Lan Lanh, foi natural usar suas influências musicais na composição do espetáculo: “O ponto de partida é a percussão, batidas da minha terra natal, os ritmos que me tocaram quando ainda era uma menina pulando atrás do trio elétrico. Por isso convidei Armandinho, tão baiano e tão plural instrumentista como eu, para dividir comigo esta tarefa.” Segundo a artista, o público vai reconhecer alguns dos sons já que eles fizeram questão de incluir clássicos do cancioneiro nacional como, por exemplo, “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo, e “Odeon”, de Ernesto Nazareth. “A criação partiu da ideia de trazer para o público uma memória coletiva de sons brasileiros. Vamos ter frevo, maculelê, afoxé, samba reggae, funk,  e lógico, a guitarra baiana de Armandinho”, completou a artista.

A trilha de cliques que existe no estúdio para os instrumentistas não perderem o compasso, nesse caso, foi substituída por informações que vêm da tela: “É uma conexão muito forte com as imagens dos filmes. Uma troca constante. Numa hora, nós músicos damos o ritmo e, logo em seguida, a imagem conduz o som. Somos uma orquestra de dois músicos acompanhada por todos os personagens”, finaliza Lan Lanh.


A curadoria dos filmes do ‘Cine Concerto Animado’ foi realizada pelo cineasta de animação, Marcos Magalhães, fundador e diretor do festival ‘Anima Mundi’. Ele recebeu o desafio de reunir filmes que funcionassem em uma sequência e, principalmente, tivessem um ritmo visual que servisse de inspiração para os músicos:  “É uma experiência de reinvenção de trilhas sonoras. Todos os autores foram consultados, e toparam o projeto. A trilha, assim como era no cinema mudo, não necessariamente ganha uma partitura. Pode ser que aconteçam improvisos. Os músicos têm essa liberdade.”, explica Marcos.

Sobre levar o projeto para além do público de cinema e para a periferia, tanto Marcos como Lan Lanh concordam que a música sempre atrai e, associada aos filmes, é uma oportunidade de ampliar e proporcionar uma experiência nova. As animações trazem imagens que provocam timbres e ritmos, diferentes entre si, com uma variedade de mensagens. É um show ao vivo. Uma experiência única para o público cinéfilo ou não. “Ver os filmes com música ao vivo com certeza vai ser muito divertido! E ao sair do espetáculo, a pessoa pode acessar os filmes na internet e conhecer as trilhas originais” diz Marcos.

Programação:

A seleção de animações faz um passeio por obras consagradas e de vários períodos dos cinemas francês, alemão e brasileiro.  As obras nacionais são Furico & Fiofó (2011), de Fernando Miller, Guida (2010), de Rosana Urbes, e Fluxos (2014), de Diogo Akel. Da França estão Les 3 Inventeurs (1980), de Michel Ocelot, La Demoiselle et le Violonceliste (1965), de Jean-François Laguionie, e Oktapodi (2007), de Julien Bocabeille, François-Xavier Chanioux, Olivier Delabarre, Thierry Marchand, Qunetin Marmier, Emud Mokhberi. Da Alemanha, foram escolhidos Love me Fear me (2018),  de Veronica Solomon, The Da Vinci Time (2009), de Gil Alkabetz, e Seiltänzer (1986), de Raimund Krumme.

Furico & Fiofó (2011), de Fernando Miller

Um dos grandes problemas da sociedade moderna é o fato de ela estar muito preocupada com seu próprio conforto e, por conta disso, acabar, de certa forma, negligenciando justamente aqueles que mais necessitam, interditando-lhes uma oportunidade de integração. Em tom de crítica, mas com extremo bom humor, acompanhe as aventuras e as palhaçadas de dois meninos de rua da cidade do Rio de Janeiro. Juntos, Furico e Fiofó fazem de tudo para sobreviver em meio a uma sociedade egoísta que tenta ignorá-los.

Love me Fear me (2018), [de Veronica Solomon

Uma reflexão sobre os papéis que desempenhamos e as formas que tomamos, os palcos que escolhemos, o público que tentamos impressionar e o preço da aceitação.

Les 3 Inventeurs (1980), de Michel Ocelot

Em um universo de renda branca, três inventores criam máquinas que são tão bonitas quanto úteis. Infelizmente, as pessoas não os entendem.


Guida (2010), de Rosana Urbes

Guida, uma doce senhora que trabalha há 30 anos como arquivista no Fórum da cidade, tem sua rotina entediante modificada ao se deparar com um anúncio para aulas de modelo vivo em um centro cultural. Por meio da sensibilidade criativa da personagem, propõe-se uma reflexão sobre a retomada da inspiração artística, a arte como agente transformador e o conceito do belo.


The Da Vinci Time  (2009), de Gil Alkabetz

No filme “O Código do Tempo Da Vinci” uma imagem é desmontada para criar um filme de animação a partir de seus fragmentos. Diferentes partes desta única imagem, baseadas em formas semelhantes, nos permitem descobrir movimentos secretos. As pessoas na imagem comem, dançam, discutem e discutem, até que finalmente todos são silenciados.

Seiltänzer (1986), de Raimund Krumme.

Dois homens, cada um segurando uma ponta de uma corda, executam uma dança complexa sobre, dentro e através de uma figura quadrada.

Fluxos  (2014), de Diogo Akel

O curta retrata os fluxos constantes da vida, um autorretrato de seu próprio processo, um improviso sobre Bach, uma investigação em massa de modelar.

La Demoiselle et le Violonceliste (1965), Jean-François Laguionie

À beira-mar, um músico toca um concerto em seu violoncelo e involuntariamente desencadeia uma violenta tempestade. Buscando resgatar uma jovem pescadora de camarão, ele naufraga e se encontra com ela no fundo do mar, lutando com animais estranhos, pouco sensíveis à música. Quando finalmente escapam desses perigos, é no meio de uma multidão de banhistas amontoados na praia… Eles vão embora.

Oktapodi (2007), de um grupo de alunos da escola Gobelins : Julien Bocabeille, François-Xavier Chanioux, Olivier Delabarre, Thierry Marchand, Qunetin Marmier, Emud Mokhberi

Um casal de polvos vive um belo romance em um aquário. Porém um cozinheiro teimoso retira a fêmea do aquário, a prende em uma caixa e a leva para seu carro. O polvo, tão insistente quanto o cozinheiro, pula em direção ao automóvel. A partir disso, os três vão passar por muitas confusões pelas ruas estreitas de uma típica cidadezinha grega.

Serviço:


Cine Concerto Animado – Com Lan Lanh e Armandinho Macedo

Filmes de animação: Furico & Fiofó; Love me Fear me; Les 3 Inventeurs; Guida ; The Da Vinci Code; Seiltanzer; Fluxos; La Demoiselle et le Violonceliste e Oktapodi


Datas:

Festival do Rio –  Estação NET Botafogo 

Data: 15/10 – 19 horas

Ingressos: R$ 16,00 meia e R$ 32,00 inteira

End: R. Voluntários da Pátria, 35 – Botafogo, Rio de Janeiro

Para informações do Festival do Rio: festivaldorio@atomicalab.com.br

Centro de Artes UFF / Cine Arte UFF

Data: 20/10, 20 horas

Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói-RJ

@centrodeartesuff – www.centrodeartes.uff.br

Bilheteria presencial – Todos os dias das 14h às 21h (dinheiro, débito e pix)

Vendas online em: Guichê Web (guicheweb.com.br) (crédito e pix)

Valores do Cine Concerto – preço promocional R$ 8,00


Arena Cultural Jovelina Pérola Negra 

Data: 22/10 – 19h

Entrada gratuita

End: Praça Ênio, s/n – Pavuna, Rio de Janeiro – RJ