São mais ambiciosos do que parecem os planos do chef Rodolfo de Sanctis para sua chegada ao Rio de Janeiro. Prestes a inaugurar no próximo dia 15 de setembro uma filial do Nino Cucina onde funcionava o Le Vin em Ipanema, ele sonha em transformar um pedaço da Barão da Torre “na Jerônimo da Veiga do Rio”, fazendo referência à rua onde possui diversos negócios de sucesso e de onde chacoalhou a gastronomia italiana _ só no Nino recebe 17 mil pessoas por mês. Em dezembro ele abrirá coladinho ao Nino carioca uma filial de outro sucesso: o Da Marino.
“Escolhemos o Rio porque é a cidade que mais representa o Brasil no mundo”, explica o chef sobre os planos de expansão do grupo Alife Nino, que reúne hoje 21 bares e nove restaurantes. As casas cariocas ficarão sob o comando do subchef Victor Vieira, mas De Santis pretende supervisioná-las de perto.
Se o primeiro endereço do Nino Cucina, no Itaim Bibi, em São Paulo, rendeu bons frutos, com procura não só da população local, como de turistas, a ascensão da gastronomia liderada por De Santis fortaleceu o crescimento do grupo, que prevê agora sua expansão nacional. A abertura do Nino Cucina no Rio de Janeiro é o pontapé desse projeto
“Entendemos que o Nino criou um conceito fortíssimo em São Paulo e no Brasil e escolhemos a cidade que mais representa o País no mundo, o Rio de Janeiro, para ser o nosso primeiro conceito de expansão do Grupo Famiglia Nino. Nosso objetivo é ter reconhecimento em todo país para depois ganhar o mercado internacional e se tornar uma das maiores empresas gastronômicas do mundo”, aponta o chef.
O Nino Cucina segue a premissa de oferecer a culinária italiana, reunindo clássicos dessa cozinha, como os tradicionais cacio e pepe, carbonara, além de novas pastas que prometem conquistar os paladares dos clientes, com destaque para o spaghetti com flores de zucchini e mascarpone, e outras receitas especiais que estarão tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro.
Já o restaurante Da Marino tem previsão de abertura para dezembro de 2022. A casa tem a proposta de ser uma viagem pela cozinha mediterrânea inspirada no sul da Itália. Nos pratos, ingredientes frescos vindos do mar, que terão ainda mais proximidade com o litoral do Rio de Janeiro, possibilitando uma maior variedade de pratos, além da aproximação com pescadores locais e produtos de Cabo Frio. Um balcão de peixaria torna a experiência ainda mais singular, e inclui uma vitrine de pescados frescos do dia, que podem ser comprados e preparados na hora do consumo.
Os novos Nino Cucina e Da Marino, em Ipanema, ficarão na mesma rua: Barão da Torre nº 490 e 482, respectivamente. “Queremos criar o mesmo conceito de São Paulo com uma calçada que ofereça nossas diferentes opções de gastronomia”, ressalta De Santis. Os pontos físicos são casas antigas, tombadas e que foram pensadas para terem diferentes atmosferas da Itália. Os projetos têm assinatura da MEL.A Arquitetura, assim como o paisagismo das unidades. “A ideia é proporcionar uma viagem por diferentes regiões da Itália, em um dos principais bairros do Rio de Janeiro”, afirma a arquiteta Amanda Melo.
No Nino Cucina, o piso em madeira é uma referência que se une ao rústico e traz o aconchego da casa italiana. O restaurante oferece uma iluminação que deixa o clima ainda mais agradável e os tijolinhos na parede também remetem à clássica cantina italiana. Logo na entrada, o paisagismo é outro ponto que chama atenção e recebe os clientes com muito verde e uma varanda com pergolado de madeira que conecta o espaço à calçada da cidade carioca. O ponto forte desta unidade é a cozinha totalmente aberta para o salão, em que os clientes podem acompanhar toda a produção.
Já o Da Marino tem o conceito do Sul da Itália, em que priorizam os tons de azul e branco com limões sicilianos espalhados pela decoração do salão. O restaurante também chama a atenção com um paisagismo surpreendente com árvores e vasos espalhados do lado de fora e na parte interna uma cobertura no teto, fazendo semelhança a um grande jardim. Além disso, o local conta com sala privativa para eventos sociais e corporativos. A arte também faz parte da decoração e história dos restaurantes. Com peças pintadas à mão e exclusivas, os estabelecimentos têm diversos quadros espalhados pelo ambiente, no estilo italiano.
