Lucila Soares
RIO JÁ: “Por que reivindicar agora o reconhecimento do Rio de Janeiro como capital honorária do Brasil?”
EDUARDO PAES: “Estamos comemorando, neste ano, 50 anos da fusão da Guanabara com o Estado do Rio. E perdemos a capital federal sem nenhum tipo de compensação. A experiência internacional nos mostra que existem vários países com duas capitais: África do Sul, Turquia, Holanda… uma é mais administrativa e, a outra, é a capital de representação, do simbolismo. Diria que a melhor configuração para o Rio é a de capital internacional do Brasil. Continuar sendo a imagem do Brasil para o mundo.”
RIO JÁ: “Entre as medidas sugeridas na minuta de decreto enviada ao governo federal, quais deveriam ser priorizadas?”
EDUARDO PAES: “Essa iniciativa propõe ações para resgatar o papel histórico, cultural e administrativo do Rio. E também para preservar sua relevância e revitalizar os ativos federais na nossa cidade. São fundamentais ações como a promoção de eventos culturais e turísticos, potencializando o papel do Rio como capital cultural do País, e a manutenção e o fortalecimento de órgãos federais.”
RIO JÁ: “Reconhecer o Rio como capital honorária traz alguma vantagem para o Brasil?”
EDUARDO PAES: “Teremos o reconhecimento de uma dívida histórica do Brasil com o Rio, e não haverá pedido de recursos de fundo constitucional. O Rio mantém relevância funcional, mesmo tantos anos depois da transferência da capital administrativa. Essa dualidade mostra a viabilidade de um arranjo federativo que valorize a pluralidade e a descentralização administrativa.”
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