Jan Theophilo
Se por um lado o Leme tem se tornado o trecho de areia preferido da juventude dourada da Zona Sul que ficou de saco cheio do Posto 9 ou do Quase 9, ou de Ipanema no geral, a ponta do Arpoador promete ser um dos mais populares points deste verão. Não que ficar à noite na praia seja alguma novidade. O que impressiona sim é a quantidade de pessoas que prefere ficar na areia até tarde da noite a voltar para o calorão de casa. Outra novidade do “Arpex” é a significativa presença de colchões infláveis azuis após a arrebentação, onde o pessoal fica boiando como se não houvesse corrente. A novidade que veio dar à praia foi importada diretamente do Piscinão de Ramos, onde é um must have há alguns verões.
A PISTA DE CORRIDA MAIS BONITA DA CIDADE
O lugar onde mais se vê gente bonita hoje nesta cidade cheia de gente bonita é a pista de corrida da Lagoa, para os lados de Ipanema, às 6h da matina. E por que exatamente ali? A razão é mais atlética do que luxuriosa. Exatamente ali fica o único trecho do entorno da Lagoa que conta com uma pista de terra plana ideal para diversos tipos de treinos de corrida. Além disso o local abriga as barracas de apoio da maioria dos times e treinadores dos corredores. Globais, influencers, celebridades, e alguns dos melhores exemplares da espécie humana carioca batem ponto diariamente por ali.
A HORA E A VEZ DA MODA SUSTENTÁVEL
Para se fazer uma camiseta branca básica, são necessários quase três mil litros de água e dois quilos de combustíveis fósseis. Em tempos de maior preocupação com as questões ambientais a palavra de ordem é “compre menos e melhor”, ou seja, você não precisa ter no armário 40 camisetas básicas, e sim menos itens, de melhor qualidade ou com materiais sustentáveis. Peças feitas à mão destacam-se entre os itens de luxo do momento. Entre as marcas badaladas do Rio que estão embarcando nessa onda está a Lenny, que decidiu nesta estação tirar o artesanal única e exclusivamente dos acessórios, como chapéus, bolsas e sandálias, e levar também para as roupas. A responsável por ajudar tal movimentação foi a estilista Raissa Colela, que estreitou os laços da marca com as artesãs e expandiu o uso dos materiais.
AZUL É A COR MAIS QUENTE
Quem acompanhou os últimos desfiles de moda verão nas passarelas mundiais saiu com uma certeza: as cores do verão terão tons pastéis. Além de apostar com tudo na volta das minissaias, os principais estilistas garantem que a cor oficial deste verão será o azul-claro, quase menta, estilo Tiffany’s. Perfeito para ornar com as praias brancas e céu azul de brigadeiro do verão carioca. Já a Pantone foi além. O Pantone Color Institute, divisão de consultoria dentro da companhia, que prevê tendências globais de cores e aconselha empresas sobre cores em criação de identidade de marca e desenvolvimento de produto afirma que a cor de 2024 será o “Peach Fuzz”, segundo o departamento: “um tom de pêssego gentil e aveludado com uma aura cativante que enriquece nossa mente, corpo e espírito”. “Buscando um tom que refletisse nosso desejo inato por proximidade e conexão, escolhemos uma cor radiante que expressa calorosamente a elegância e a modernidade. Uma cor que ressoa com gentileza compassiva oferecendo um abraço, faz a conexão sem esforço entre o que é jovial com o que é atemporal”, afirmou Leatrice Eiseman, diretora executiva do Pantone Color Institute.
A FAZENDINHA DA PENHA
Ele é tão escondidinho que muitos moradores de seu entorno sequer sabiam de sua existência. Uma das poucas opções de lazer com paisagem natural na Zona Norte, os 144 mil metros de natureza ocupada pela Escola Wencesláo Bello, da Sociedade Nacional de Agricultura, vem com força para bombar nessa estação. O local, mantido a inacreditáveis 125 anos pela SNA, é perfeito para aquela caminhada matinal ou um bom piquenique. A entrada é pelo número 9.927 da Avenida Brasil. E para quem se interessar, a escola oferece mais de 50 tipos de cursos, como os de criação de galinha caipira, de helicultura (criação de escargots), de cultivo de plantas, de agricultura familiar e de adestramento de cães, além de atividades ao ar livre.
A BIBLIOTECA SUSPENSA DO CENTRO
A dica vale para quem ainda tem de enfrentar a correria do Centro da cidade sob o sol escaldante. No terceiro andar do Centro Cultural da Justiça Federal, no número 241 da Avenida Rio Branco, uma sala geladinha com computadores e mesas de leitura já seria um convidativa o suficiente. Mas ali há um segredo pouco conhecido: ao lado esquerdo do salão, uma porta simples de madeira dá acesso ao suado leitor a uma biblioteca suspensa com mais de 17 mil títulos de literatura contemporânea com uma pegada mais jovem, que vão de “Flash Gordon”, para os hipsters, a exemplares de “Jogos Vorazes” ou “Harry Potter”. A sua estrutura metálica é semelhante ao convés de um navio e foi doada pela Marinha.
CINCO ESTRELAS SEM DIÁRIAS
Essa é para ajudar a esfriar a cabeça dos cariocas e simpatizantes que não gostam tanto de praia. É cada vez maior o número de hotéis bacanérrimos no Rio que oferecem o sistema de “Day Use”. A expressão em inglês, que significa “uso por um dia”, é uma espécie de reserva de curta duração disponível em hotéis, hostels e pousadas, que geralmente tem início pela manhã e costuma se encerrar ao fim da tarde do mesmo dia. Por não contar com pernoite, os preços costumam ser menores, e o cliente pode desfrutar das mesmas áreas comuns que os outros hóspedes. As opções, no entanto, não necessariamente contam com quartos. Entre os estabelecimentos que já oferecem o serviço estão o Fairmont de Copacabana, o Yoo2 de Botafogo, o Hilton Barra, o Villa Galé, na Lapa, e o Joe&Joe, no Largo do Boticário, entre outros.
HORROR, O HORROR
E a nota negativa fica para a perspectiva de um verão onde o carioca vai ter de se virar melhor no inglês. Os anglicismos desnecessários viraram uma praga que vai além da Barra da Tijuca. Para onde se olha, lê-se nomes em inglês. Desde as festas pagas “all inclusive” ou o sucesso dos “rooftops”, bares em cobertura de prédios que já foram até destaque aqui na ‘Rio Já’.
MODAS E COSTUMES NO PORTAL DO INFERNO
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