Ricardo Bruno – Chefe de Redação
Assim mesmo, com ponto de exclamação, como que se fosse de bom tom valorizar ainda mais o fato e de quebra enfatizar um possível caráter surpreendente.
Não se sabe se o jornalista responsável foi demitido – quem sabe o espírito do Natal teria salvado seu emprego? Nem é possível dizer se esta história aconteceu de fato ou se é tão somente uma pilhéria.
Aqui na ‘Rio Já’, o Natal também chega cedo – como na Leader Magazine, e quem não lembra do famoso jingle? Não inventamos manchetes para virar piada, mas nos submetemos alegremente a algo que costuma mobilizar e atrair a atenção de milhões de cariocas, fluminenses e turistas de todos os cantos do país: a visita às grandes árvores de Natal montadas com antecedência e lindamente iluminadas durante praticamente todo o mês de dezembro.
A mais famosa, infelizmente, é polêmica e contestada. Os habitantes da Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos IPTUs mais caros da capital, adoram odiar a árvore pública até hoje famosa – pelas multidões que atrai e pelos engarrafamentos que provoca. Como se além de serem detentores das escrituras dos apartamentos em torno do cartão postal, tivessem o direito de decidir quem pode e quem não pode passar por ali.
Mas este ano uma novidade importante se sobrepõe à cansativa polêmica e uma árvore bem maior, feéricamente iluminada, e instalada num lugar igualmente icônico e amado pelos cariocas – a Praia de Botafogo. A árvore de Botafogo, que se ilumina a partir deste 30 de novembro, veio para assumir a posição oficial de maior adereço natalino da cidade. Certamente sem discórdias.
Aydano Andre Motta conta tudo isso. A construção da nova árvore, as polêmicas que esvaziaram a árvore de Lagoa, e não esquece de lembrar também a tradicional árvore do Barrashopping e a engajada e sempre bem-vinda árvore da Vila do João, no Complexo da Maré, tão amada e festejada pelos visitantes quanto todas as demais.
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Caroline Rocha relata em seguida outro bom tema natalino: como funciona a escola de Papais Noéis do Rio, que forma mais de mil profissionais por ano – a maioria idosos – que se espalham pela cidade e por suas festas públicas e particulares para para espalhar carinho e alegria a crianças e adultos. E, claro, botar um dinheirinho no bolso para alegrar também suas famílias.
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O repórter Jan Theóphilo fala sério. Denuncia o estado de abandono a que foi relegada uma das obras mais geniais da arquitetura modernista mundial. Famoso por seu bloco curvo e monumental, que acompanha o desenho do terreno como se fosse uma serpente de concreto pousada no morro, o Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes, em São Cristóvão, mais conhecido como Pedregulho, fez história, mas nem por isso foi poupado do descaso das autoridades.
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Mas “quando menos se espera” chega o verão, e Marcelo Macedo Soares nos oferece um “regalo” – para usar a linguagem tão comum aos turistas que frequentam a Região dos Lagos. A fama das praias de águas cristalinas não é exagero, e todos conhecem, mas aquele litoral guarda muito mais do que cenários famosos. Entre trilhas que revelam lagunas preservadas, praias desertas, recantos silenciosos, ilhotas quase secretas e até um vinhedo à beira-mar — o primeiro do Brasil — surgem destinos que surpreendem e encantam como verdadeiros tesouros para viajantes que desejam fugir das rotas tradicionais.
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Bruno Agostini elegeu uma instituição para ser a mais perfeita tradução do verão carioca que está por chegar: a frugal, clássica e por todos reverenciada carne assada. Está presente na casa das pessoas, nos almoços de fim de semana, bem como nas vitrines dos botequins mais ordinários, mas também naqueles que são a mais fina nata da categoria, os bares-monumentos que traduzem a alma da cidade.
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