EDITORIAL: A ARTE DE BURLE MARX E A CARTOGRAFIA EM FORMA DE ARTE

Ricardo Bruno – Chefe de redação

Os cariocas sabem: qualquer reverência é modesta diante do homem que desenhou o Aterro do Flamengo; qualquer reconhecimento é insuficiente a quem idealizou as curvas mundiamente famosas do calçadão de Copacabana. Mas Roberto Burle Marx fez muito mais. Paisagista, arquiteto, pintor, ele ganhou fama a respeito internacionais como criador de 3.000 jardins em 20 países. A grandeza do seu talento fez com que o arquiteto e urbanista Lúcio Costa, responsável pelo Plano Piloto de Brasília, o definisse como um gênio renacentista.

Cariocas e visitantes pisam todo dia nas pedras portugueses da orla de Copacabana e encantam-se com a beleza do Aterro do Flamengo. Mas muitos talvez ignorem a mais pessoal das heranças deixadas por Burle Marx, e é isto o que a ‘Rio Já’ 47 decidiu mostrar e exaltar, em reportagem de Lucila Soares. O Sítio Burle Marx, lugar em que ele viveu 50 anos de sua vida, construído e preservado ao seu gosto, fica a pouco mais de uma hora do centro do Rio, em Pedra de Guaratiba, e é uma visita tão obrigatória quanto será inesquecivel.

Vale muito a pena. (Para ler, clique aqui).

Tanto quanto vale a pena conhecer e percorrer as páginas do livro “Cartografia do Rio de Janeiro: catálogo temático do acervo da Mapoteca do Itamaraty”. Como diz o repórter Jan Theophilo, autor da reportagem, trata-se de um livraço, uma dessas publicações monumentais que reúnem de tudo um muito: mapas, cartas, planos e imagens da cidade e estado do Rio de Janeiro, produzidos entre os séculos XVI e XX, guardados com zelo pela Mapoteca Histórica do Itamaraty.

São 400 mapas exatos e requintados como pinturas. No acervo, o Rio de Janeiro aparece como protagonista de um enredo visual que começa nos tempos coloniais, quando ainda respondia à Coroa Portuguesa, e se estende até o presente, multiplicando formas e fronteiras. A história e a evolução da cidade contadas em mapas e ilustrações magníficas.
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Bruno Agostini acompanha a inauguração de um restaurante que tem tudo para virar moda antes do verão chegar. Trata-se do Gonza, no Horto, que tinha fila desde o momento em que abriu ao público pela primeira vez. O projeto arquitetônico e gastronômico, coordenado pelo chef argentino Gonzalo Vidal, nascido na província de Santa Fé, se empenhou em ficar parecido com algo clássico, com vida, inspirado nos bodegones portenhos, os clássicos bares da capital argentina.
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Vem da Região dos Lagos a reportagem de Marcelo Macedo Soares sobre a condição de Araruama como potência agrícola — e com um título que poucos conhecem: o de maior produtor de cítricos do estado. Este município produz a exclusiva laranja murcha, a mais doce versão brasileira da fruta.
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De novo na capital, Luisa Prochnik mostra mais uma boa novidade da Rocinha, bairro que abraçou o hightech com uma profusão de negócios de impacto que, inventados pela comunidade, conectam pessoas ousadas com projetos inovadores e atuam como um encanamento que faz circular boas ideias.
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Caroline Rocha relata a beleza e o justo ativismo dos mais de 70 painéis distribuídos por todo o Rio de Janeiro por iniciativa do ‘NegroMuro’, projeto que atua no mapeamento da memória negra através da arte urbana. João Cândido, Elza Soares, Abdias Nascimento, Machado de Assis, Manuel Congo e Clementina de Jesus são apenas alguns dos homenageados, essenciais ao entendimento da  história do Brasil.
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Boa leitura!