Bruno Agostini
Instalado desde 1953 em uma esquina do Centro do Rio, a Casa Villarino é um típico armazém-restaurante, desses que hoje restam poucos, como a Casa Paladino. Lugares que eram lojas de secos e molhados, além de bebidas, conservas, queijos e charcutaria. O Villarino faz 72 anos com um público renovado, que chega a fazer fila para almoçar no salão histórico, palco de acontecimentos memoráveis do Brasil, no mundo cultural e no político, sempre frequentado por artistas e jornalistas, diplomatas, deputados e senadores, por estar perto do centro do poder no período. Há fila na porta nos dias úteis. Terça tem contrafilé à Oswaldo Aranha, que sai em profusão. O menu executivo faz sucesso com um público bem variado.
O restaurante é histórico não apenas por ter sido fundado em 1953, mas pelo fato que é destacado na placa de Patrimônio Cultural Carioca, onde se lê: “Circuito da Bossa Nova. Ponto de encontro de boêmios na década de 1950, aqui Tom Jobim e Vinícius de Moraes iniciaram o projeto ‘Orfeu da Conceição’.
Chegou a fechar as portas, durante a pandemia. Foi quando o Senac assumiu a operação, transformando o local em restaurante-escola, agora chamado Casa Villarino Bar – Senac RJ. Que bom que esse locar histórico resistiu, o Rio resiste.
Outro emblema da cidade, o contrafilé à Oswaldo Aranha, também está bem representado ali. às terças, é dia do prato, servido com 20% de desconto: sai às dezenas.
SERVIÇO
Casa Villarino: Av. Calógeras, 6 – Centro, Rio de Janeiro. Tel.: 2240-1627. Instagram: @casavillarino
