Ricardo Bruno – Chefe de Redação
O que poderia ser mais identificado com o Rio de Janeiro do que o trabalho de um arquiteto – um dos maiores do mundo, diga-se – que fez história e escola com suas obras marcadas por curvas suaves e sensuais? O estilo traduz à perfeição o amor do autor pelo estado em que nasceu.
Niemeyer viveu 104 anos, e vive em nós, brasileiros e cariocas, para sempre, na eternização de alguns de seus grandes projetos, como os que integram o Caminho Niemeyer, em Niterói, que enriqueceu a cidade e atrai milhares de turistas à antiga capital do estado.
Mas Niemeyer viverá mais muitos séculos ainda, agora que o prefeito da vizinha Maricá, Wahington Quaquá, decidiu encompridar o já famoso caminho, comprou nada menos do que dez projetos deslumbrantes do genial criador, e vai fazer de sua cidade a segunda com mais obras inéditas do grande arquiteto, perdendo apenas, inevitavelmente, para a Brasília gerada do solo árido do Planalto por ele e seu amigo Lúcio Costa.
O socialista Niemeyer, por um século engajado do lado certo da história, defensor das boas causas populares, construtor do Sambódromo, símbolo maior da cultura popular brasileira, agora terá pouso eterno na progressista Maricá, a cidade que já é reconhecida no Brasil e no mundo por suas iniciativas de combate à desigualdade.
Tanto quanto Brasília e Niterói, Maricá merece este lugar na vida de um dos gênios brasileiros. Mas há muito mais do que isto na edição 41 da Rio Já.
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Há uma declaração de amor pela Glória, que o carioca está resgatando da degradação e transformando numa espécie de “Marais do Rio de Janeiro”, citação brincalhona do bairro parisiense que era um pântano e que hoje é o lugar mais sofisticado do centro histórico da cidade.
A Glória, visitada e retratada pela repórter Luisa Prochnik, se reconstroi, se enche de bons bares e restaurantes, abriu a maior feira livre da cidade, se dá ao luxo de sediar um quilombo urbano (com ótima feijoada!) e, mais ainda com a praia despoluída, atrai multidões nos fins de semana. A gloriosa Glória é a nova queridinha do carioca.
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E vem mais por aí, nesta onda de recuperação de locais que o povo gosta de frequentar. Verbas federais começam a ser investidas para salvar do abandono as icônicas Cobais do Humaitá e, daqui a pouco mais, do Leblon, boa notícia contada por Lucila Soares.
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Jan Theophilo e Marcelo Macedo Soares desbravam a Região dos Lagos. O primeiro revela uma ilhota paradisíaca e quase desconhecida em Arraial do Cabo, que bomba nas redes sociais no embalo da recuperação da Laguna de Araruama. Aventura imperdível. (Para ler, clique aqui). O segundo exalta com justiça o belo trabalho do Projeto Albatroz, que, com patrocínio da Petrobras, salva da extinção uma das aves mais espetaculares do planeta. (Para ler, clique aqui).
Aydano André Motta ensina algo que deveria ser óbvio, mas que deve ser cantado aos quatros ventos e brisas suaves: o Rio passou a ser considerado capital mundial da corrida – e que outra cidade como a nossa, maravilhosamente incrustada entre o mar e montanha, poderia merecer tal honraria?
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E como ninguém é de ferro, Bruno Agostini dedica seu espaço gastronômico a uma nova onda: inspirado por temperaturas mais amenas da temporada de outono-inverno carioca, ele busca na memória e indica aos leitores os melhores caldinhos do Rio – dos simples aos sofisticados, e todos deliciosos. E quem disse que caldinho depende do frio para nos dar prazer e conforto?
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Bom caldinho e bom proveito com a Rio Já!